Эмилия Ванди Сачитула - Efata Abra-Se. Открой себя
- Название:Efata Abra-Se. Открой себя
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- Жанр:
- Издательство:неизвестно
- Год:2022
- Город:Москва
- ISBN:978-5-00187-232-0
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Эмилия Ванди Сачитула
Открой себя
© Emilia Wandy Sachitula, 2022
© Znanie-M Publisher, 2022
Efata Abra-se
Agradecimento
A Deus, pelo dom da vida.
Aos meus pais por me aceitarem e me terem mostrado o caminho a seguir nesta terra;
Aos meus pastores e guias na vida espiritual.
Aos meus familiares que muito me apoiam amam. Ao meu namorado que me proporciona alegria e esperança de uma vida com objectivos.
Aos meus amigos com os quais me venho construindo e reconstruindo.
Prefácio
‘‘Vaidade de vaidades – é tudo vaidade!’’
Que vantagem tem o homem, de todo o seu trabalho que faz debaixo do sol? Uma geração vai e a outra vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol, e põese o sol, e volta no seu lugar de onde nasceu. O vento vai para o sul e faz seu giro para o norte; continuamente vai girando para o vento e volta fazendo os seus cirquitos. Todos os ribeiros vão para o mar e contudo o mar não se enche; para o lugar para onde os ribeiros vão, para aí eles tornam a ir. Todas as coisas se cansam tanto que ninguém o pode declarar, os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir. O presente livro conta a história de uma jovem chamada Eliana; a protagonista conta sobre seu relacionamento com a família, com os amigos e do seu relacionamento com o namorado. Também fala um pouco sobre suas experiências, descrevendo alguns conceitos sobre várias coisas que cercam o homem, e neste momento ela convida o leitor a paricipar, deixando linhas em branco para que o leitor registre suas opniões acerca doque leu; e no final de suas narrações ela deixa alguns conselhos para o leitor.
O livro pede ao leitor a disposição de seu tempo, a paciência e atenção em cada detalhe para evitar mal entendimento acerca de tudo que se narrará. O livro também desenrola várias emoções e ao mesmo tempo permite que leitor viaje em sua própria história de vida passada ou mesmo, a vida actual (o presente).
O livro fala de um misto de acontecimentos acompanhado de momentos bons e momentos maus como tudo na vida; É uma leitura bastante intigrante e desafiadora, assim como foi a vida da protagonista, do mesmo jeito ela registra seus momentos e suas emoções.
Capítulo I
Como tudo começou
Écomo a estória que só começa, mas nunca acaba, esta da Eliana, filha de pais, cuja a família vivia no sul de África e que era temente a Deus. Senhor Ermo, como pai, era o chefe da família; Raíssa, a mãe, não se importava com os epítetos que apontavam o marido. Dera à luz a cinco filhos: Saíde, Eliana, Abias, Énos e Mateus. Senhor Ermo tinha uma outra relação antes da sua união com Raíssa, cujos frutos foram duas filhas: Bianca e Teodora. Raíssa, por ironia do destino, também tinha o mesmo número de filhas dum outro relacionamento: Isaura e Mia. Em casa, eles viviam com Chica, que era sobrinha do Senhor Ermo; e o Divany, que era seu neto. Leoa, Leonilda e Tríchina era outras irmãs queridas que se juntavam ao seio da família, apesar de que já eram casadas. Em casa, também vivia a avó Suraia, mãe do Senhor Ermo, que gostava de fazer kissángua para alegrar os netos. Gostava de um bom bate-papos. E era quase sempre com a sua queridíssima Aurélia, que falavam das aventuras vividas e das suas paixões entre bons e mal-amados.
A dona Raíssa gostava muito de cantar. Às vezes, enquanto estivesse a conversar com os filhos, enroscavase nos cantos da sua linda voz, que se esquecia totalmente da conversa. Doutras vezes, ficava a falar feito um rádio, e quando acabava, dava por conta que os filhos já estavam cansados de a ouvir, e já não omitiam opiniões, para evitar outro aborrecimento no prolongar da sueca. A chará da Eliana, que era uma das irmãs da dona Raíssa, vivia próximo e era muito amada por todos os filhos da dona Raíssa. A Eliana tia tinha mãos abertas. Os sobrinhos gostavam de frequentar a sua casa, porque no fim de cada visita, tinham sempre um presentinho vindo dela e de lá saíam com as barrigas brilhosas – empatorrados – de tanto comer.
Eliana, filha do Senhor Ermo e da dona Raíssa, era muito ousada e gostava de sonhar alto. Além disso, gostava de ir à igreja e forjar grupos onde pudesse partilhar a palavra de Deus.
Porém, era alguém muito teimosa, embora gostasse de ir atrás das coisas de que desejava e realizar seus sonhos. E por hábito, tinha pela mania de se isolar, sentar no seu cantinho, apenas observando, dos seus olhos imberbes, a vida dos outros, e de lá tirava lições.
A família sempre pareceu ser unida, abençoada e alegre. Eliana sorria para a vida. Não tinha com que se preocupar. Vivia a vida de maneira intensa, porque sentia estar a viver um conto de fada, tal como nos filmes que assistia. Em casa, família fazia oração todas às noites antes do jantar. Eram aqueles cultos familiares que chamavam de sinagoga. E tão logo depois do jantar, havia o Serão, e quem presidia era a avó. Lá se contavam de tudo – estórias de embalar, chiatas e outras. De vez em quando, Senhor Ermo era quem guiava o Serão, outras vezes, a dona Raíssa. Isso acontecia nalgumas noites, quando talvez a avó estivesse esgotada e sem forças por causa da idade. As noites eram muito traçoeiras, bem como os ventos dos tempos, mas quando não houvessem estórias para se contar, as crianças se enfiavam debaixo da árvore que ficava do lado do portão; e tudo o que faziam, junto com os amigos, era cantar e dançar ao fulgor do luar, ou sob a clareza de uma fogueira. E quando fosse noite alta, acabavam por estender um longo e vasto colchão no corpo do quintal e lá dormiam, por causa do calor que às vezes a traçoeirice das noites trazia em casa. Ao amanhecer, não folgavam os cultos que chamavam de matinal, porque abriam-se os olhos do dia. E depois do pequeno almoço – o matabicho, cada um metia o esqueleto a trabalhar – cuidavam das lides da casa. As refeições do dia – o matabicho, o almoço e o jantar – eram jibados em família, onde todos se sentavam à mesa. Nem sempre havia um lugar à mesa. E onde se sentavam os demais? Uns se enfiavam no sofá, outros aplacavam mesmo aí no chão húmido da sala. Era uma casa vasta – por isso abarcava sem problemas todos os membros da família.
O Senhor Ermo fazia questão de procurar saber das tarefas escolares dos filhos em casa. Vezes há que sentava com eles para averiguar e avaliar o trabalho de cada um. E quando um tempo livre o abraçava, virava que nem um professor caseiro, dava aulas de Matemática nos miúdos que se encontravam em casa por aquela altura. E quando com eles saísse transpirando dos cálculos que só fingiam complicação, arrebentava, em jeito de conselho:
“Vocês devem apertar na leitura. Dedicam-se mais aí… é lá que está os problemas. Números são números, mas é preciso alumiar as equações com a luz das leituras de cada caso. Mesmo um grande enginheiro se não souber ler em condições e interpretar bem os sinais, é um atoa… Vai só estragar as máquinas alheias.”, encerrava exhausto Senhor Ermo. E os miúdos meneavam as cabeças, sinal de estarem a ouvir e a catar os conselhos. Todavia, no compasso de um tempo, assim só que o Senhor Ermo dava às costas, largavam tudo, qual e tal se largam as mabangas de um mar que deixou de ser importante; e iam forjando alegrias nas brincadeiras.
Aos Sábados toda família da Eliana tinha de ir à igreja, nos ensaios, para além da limpeza geral que lá faziam e que era obrigatória. Era como se viver de um misto de emoções no seio da família, Eliana sentia toda beleza da vida dançando no seu peito. Aos Domingos, o culto era de manhã, e a família toda ia com sobras de alegria. E no regresso, espiavam sorrisos na comida de toda gente – arroz com feijão ou cachupa. E o almoço então? Tinha a companhia de umas kissanguadas e um bom filme. Todos comíam ao mesmo momento sem descompassar, até mesmo os visitantes. A casa do Senhor Ermo se abafarova de boas companhias. Quase todo mundo gostava de lá estar e ser parte daqueles convívios improvisados no humo das tardinhas dominicais. E quando já estavam todos com as barrigas inchadas – embutidas de comida —, punham tocar as músicas favoritas dos pais e também da avó Suraia que gostava de dançar caçoante. No momento do lazer, brincavam de se fazer zombarias e contar qual coisa qual é ela – anedotas. E quando na quitumba a chuva caía, a criançada brincava na chuva e transbordava de felicidade cujos céus, enfuriados e musixis, mijavam na terra. As ruas ficavam intransitáveis, cheios de lamas e águas estagnadas pelos caminhos. Apesar de que eles amavam brincar na chuva, mas depois das brincadeiras, tinham que ir à escola debaixo dos estragos da chuva no dia seguinte. Os sapatos apanhavam as lamas. Homens e mulheres punham sacos nos pés para fazerem travessias dum lado ao outro, cujos pés débis na lama outras vezes soterravam. E as águas paradas engoliam as chupas, as facilitas e as sapatilhas da criançada. A véspera do natal era um dos momentos mais mágicos. Não havia quem não se babava de suas roupas novas – novíssimas, porque até cheiravam à pai natal. Tiravam fotos, faziam bolos e partilhavam mais alegria com toda vizinhança. E no primeiro dia do ano, faziam o sacalé – todas as crianças e alguns jovens se uniam para pedir boas festas de porta a porta.
O Senhor Ermo já uma vez tinha investido o seu dinheiro no negócio de loja, onde vendiam alguns produtos, mas não teve muito sucesso, porque os filhos tiravam as coisas sem autorização – latas de leite moça, latas de sardinha—; e furando-as com pregos, chupavam às escondidas e as deixavam vazias. Nos pacotes, os chouriço acabavam paulatinamente – surripiavam um de cada vez, até já não sobrar senão pacotes esvaziados.
Um certo dia, os cabritos do Senhor Ermo foram soltos e postos a passear um pouco pelas ruas. Mas as crianças deviam manter os olhos neles para que não cometessem qualquer estragos ou fugissem. Naquele humo da tarde, visto que andavam famintos, invandiram a loja do Senhor Ermo, no descuido da petizada, abonaram-se de todo arroz que havia na loja, comendo também o saco. Depois de terem comido tudo, já não conseguiam fugir do local do crime, porque para além de que estavam tão abarrotados, o saco os embrulhava os intestinos; e no mesmo instante, caíram mortos pela congestação sufocante que os abatera. É óbvio que a petizada não ficou sem punição por aquele descuido e estragos na loja do Senhor Ermo.
A vizinhança criava muitos gatos. Isso irritava ao Senhor Ermo.
“Essa gente fica parece é doída. Toda hora criarem gatos torta à direita que tudo que sabem fazer é atropelar o sono dos outros com seus barulhos de mião, mião nas chapas de casas”, diziam ele. E decidiu fazer uma gatueira. Pensava ele que se um gato caísse na armadilha, todos os outros se dariam como avisados e lá já não circulariam mais, porque saberiam do perigo na área. Então, ele punha a gatueira de noite, e pela manhã tirava. Mas certo dia dos dias da vida, o Senhor Ermo esquecera de tirar a gatueira ao amanhecer por causa da pressa com que se preparara e fora ao trabalho. Então, um dos seus netos, o Ismael, que gostava de brincar por cima das chapas, desavisado da situação, subiu nas chapas para brincar e, por azar dele, em plena tarde como era aquela de sol escaldante, acabou caindo na gatueira e quase perdeu uma mão. Foi assim que o Senhor Ermo, embora descontente, desistiu da caça dos gatos da vizinhança, só para evitar mais tragédias.
Noutro dia, de manhã, Senhor Ermo acordou junto com a família toda. Em pé no quintal, chamou um dos filhos, o Saíde e o mandou:
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