T. M. Bilderback - Eu Sou Seu Bicho Papão
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Katie assentiu, mas sentiu um calafrio.
— Tudo bem. Vá. Mas tenha cuidado, Alan.
Alan começou a pegar mais uma colherada de ovos, mas mudou de ideia. Melhor não. Se revira o estômago do Bill, provavelmente também revirará o meu. Levantou-se para subir e vestir seu uniforme. Quando ele se virou para sair da mesa, viu uma mulher muito velha atrás dele. Ele deu um pulo de susto e disse:
— Uooou!
Katie começou a rir. Com gosto.
Alan colocou a mão no peito. A outra mão estava no encosto da cadeira.
— Caramba, Tia Margo, você precisava entrar tão sorrateira assim?
A mulher velha, também conhecida como Margo Sardis, riu. Sua risada soou como uma gargalhada.
— Não fui sorrateira, Alan. Acabei de entrar pela porta dos fundos, mas talvez não tenha feito barulho suficiente.
Katie, ainda rindo, disse:
— Ela fez sim, Alan. Eu a vi entrar.
Alan, balançando a cabeça em reprovação a si mesmo e a seu nervosismo, estendeu os braços e abraçou a velha bruxa.
— Bom dia para você também, Tia Margo — Então a soltou — Agora, se as duas maravilhosas senhoras bruxas me dão licença, eu tenho que ajudar Billy a pegar um assassino.
— Assassino? — Margo falou abruptamente — Mais uma vítima?
Alan assentiu.
— Sim, Senhora.
Os olhos de Margo se estreitaram.
— Tenha cuidado, Alan Blake. Este assassino pode não ser humano.
Alan parou na porta que dava para a sala e as escadas.
— Você tem certeza disso, Tia Margo?
A idosa balançou a cabeça.
— Não. Mas minha incerteza não é por falta de investigação. Se eu descobrir alguma coisa, aviso você imediatamente.
Alan concordou com a cabeça.
— Por favor. Precisamos acabar logo com isso.
Ele começou a subir as escadas, mas parou e se inclinou de volta em direção à cozinha.
— Margo?
A velha senhora olhou para ele.
— Você tem sequer alguma ideia de quantas criaturas do Inferno entraram pelo portal sobre o qual você nos falou?
O rosto de Margo amoleceu e Alan pensou ter visto uma pequena pitada de medo ali. Ela balançou a cabeça e disse:
— Deus me ajude, Alan, eu não sei. Podem ter sido algumas, ou algumas centenas. Infelizmente não sei dizer.
Alan compartilhou um olhar com Katie, e então olhou de volta para Margo.
— Eu me sentiria melhor se você ficasse aqui conosco, Tia Margo. É melhor do que estar sozinha na floresta, mesmo que sua casa esteja camuflada com espelhos. Pelo menos, eu teria a ilusão de que estaria mais segura.
Margo abriu a boca para recusar educadamente a oferta, mas parou. Finalmente, ela disse:
— Vou pensar no caso, sobrinho, se a oferta for de coração.
Alan encontrou os olhos da anciã.
— Sim, ela é. Fique, por favor — então mudou o assunto — Ok, eu tenho que ir.
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Capítulo 2
Em algumas manhãs, Phoebe Smalls Napier achava realmente difícil organizar as crianças para que saíssem de casa em segurança a tempo de seu turno na Mackie's.
Quando Phoebe e Billy se casaram, Billy tentou convencer Phoebe a deixar o emprego de operadora de caixa. Como xerife, Billy ganhava dinheiro suficiente para manter a família alimentada, vestida e com uma casa para morar. Sua criação de Boston Terriers também era uma renda extra... mais do que suficiente para sustentar a família.
Phoebe se recusou a deixar o emprego. Ela explicou a Billy os reais motivos, para que ele não pensasse que se tratava de dinheiro.
— Bill, o trabalho me mantém sã e sóbria. Se eu não tivesse esse emprego, o que eu faria nos dias em que você estivesse no trabalho e as crianças na escola? Eu teria intermináveis horas vazias para preencher... e um alcoólatra em recuperação não precisa de tempo para ficar sozinho com seus pensamentos. Geralmente, é o que os faz voltar a beber.
Ela abraçou o marido e continuou:
— Então, ao invés de dar chance à tentação, vou trabalhar na Mackie's. Isso vai me manter com os pés no chão, e eu estarei logo ali na cidade se você precisar de mim.
Billy, descontente, concordou.
Mas ele também conversou com Martin Mackie, neto do fundador da loja, e pediu que ele mantivesse Phoebe livre nos fins de semana e apenas com escalas diurnas. Martin concordou, e assim todos ficaram felizes.
A menos que as coisas virassem uma completa confusão em uma manhã de dia de semana. Quando isso acontecia, ninguém ficava feliz.
— Pam! Larga esse telefone e me ajude com os pequenos!
Phoebe estava tentando fritar alguns ovos para Mary.
Pamela, a mais velha de Phoebe, estava no último ano do ensino médio. Seu cabelo era castanho com mechas loiras. Seus olhos eram azuis, quase como gelo. Seus lábios não eram muito grossos, mas não chegavam a ser finos. Ela era uma jovem muito bonita aos dezoito anos, e sua semelhança à sua irmã Mary era impressionante. Quase como se Mary fosse uma mini Pamela. Muitas pessoas comentavam isso.
Mary era a segunda mais velha, com treze anos.
Catherine, a terceira mais nova, lembrava Phoebe e as meninas mais velhas, mas algumas diferenças na aparência denunciavam que Catherine tinha outro pai. Ela tinha dez anos.
Derek, o caçula de oito anos, tinha uma ligeira semelhança com sua mãe e com sua irmã Catherine.
O homem que os dois filhos mais novos chamavam de "papai" era um ex-namorado de Phoebe, um viciado em drogas chamado John Clark. John estava em um laboratório de metanfetamina do outro lado da cidade e experimentou um pouco do produto que ele e seu irmão inútil haviam recém preparado. A droga estava muito forte, e os dois irmãos morreram quase instantaneamente por overdose.
Ao menos foi o que disseram. Billy não conduzira esta investigação. Ele estava de férias na época e as mortes ficaram sob jurisdição da polícia do município. Isso significava que Godfrey Malcolm estava no comando.
Isso também significava que as mortes poderiam ter sido qualquer coisa.
As duas meninas mais velhas não sabiam quem eram seus pais.
Phoebe também não.
Quando as duas filhas mais velhas foram concebidas, Phoebe estava desmaiada por beber demais... ou tomar muitos analgésicos... algo assim. O fato é que não conseguia se lembrar, e isso provavelmente não faria diferença. Pam fora concebida durante o último ano de Phoebe no ensino médio. Apesar das brigas diárias com a mãe, Phoebe vencera e manteve o bebê.
Cinco anos depois, veio Mary.
As duas vieram de situações idênticas. Embora as meninas tivessem nascido com cinco anos de diferença, seus aniversários se separavam por apenas alguns dias.
E Mary possuía magia.
Quando Mary estava com Carol Grace Montgomery, emanava uma magia poderosa.
Já Pam não possuía poderes. Pelo menos até onde Phoebe sabia.
Às vezes, ao pensar sobre isso, Phoebe lembrava que as duas concepções eram muito parecidas entre si, mas com intervalo de cinco anos... como se Mary fosse uma segunda versão de Pam. Uma nova tentativa.
Mas, se isso fosse verdade, isso significaria que alguém... algo... havia estuprado Phoebe duas vezes para tentar produzir uma criança com poderes mágicos.
Isso significaria que Phoebe fora escolhida, por algum motivo, para carregar uma filha da magia.
E isso a assustava até o âmago.
Mas, nesta manhã, seu medo era duplo. Um deles era colocar as quatro crianças no ônibus escolar a tempo.
O outro era o Maníaco de Sardis.
Billy não tinha contado muito a Phoebe sobre os assassinatos. Ela sabia que ele não queria preocupá-la.
Outras pessoas, no entanto, falavam, e a fofoca corria solta em cidades pequenas. Phoebe trabalhava no Centro Oficial de Fofocas do município. Seu cargo como caixa na Mackie's lhe permitia ouvir todo tipo de coisa.
Alguns diziam que o assassino era o velho Ricky Jackson, o homem que estava desaparecido há algum tempo e cuja casa havia queimado. Outros diziam que pensavam ser Margo Sardis, o que Phoebe sabia de fato que não era verdade. E alguns sussurravam que poderia ser obra de demônios, e Phoebe achava que essa poderia realmente ser uma possibilidade.
Quem ou o que quer que fosse o assassino, Phoebe estava assustada. Ela estava com medo por seus filhos, por Billy e Alan e por todos que viviam no Condado de Sardis.
— Mãe, eu tenho que trabalhar esta noite. Das cinco às nove.
Pam trabalhava em uma loja enorme que era franquia de uma multinacional, mas que não podia contar ninguém no Condado de Sardis como cliente. Ou melhor, ninguém do Condado de Sardis. Visitantes no município costumavam fazer compras lá, principalmente porque estavam acostumados a comprar coisas de lojas cujos nomes terminavam com "Mart". Mesmo que a grande franquia oferecesse descontos em tudo, vendendo de mantimentos a ferramentas e pneus muito abaixo dos concorrentes locais, eles não conseguiram atrair os moradores para a loja. As pessoas que trabalhavam lá tiravam bastante poeira e empurravam coisas de um lado para o outro. Ninguém se incomodava ao trabalhar lá — eles ficariam felizes em receber dinheiro para nada — e ninguém devolvia o dinheiro.
— Vou dizer a Billy para buscá-la às nove — disse Phoebe, colocando os ovos de Mary em um prato.
— Posso pedir a Jeff que me traga para casa.
— Vou me sentir melhor se Billy for te buscar, querida. Não tenho nada contra o Jeff, mas até Billy pegar esse assassino, quero que venha com ele.
Phoebe olhou para a filha mais velha.
— Faça as vontades dessa velha senhora, tá bom?
Pam sorriu.
— Tudo bem, mãe. Diga a Billy que estarei na porta da frente às nove.
Mary colocou uma grande colherada de ovo na boca e disse:
— E não se esqueça de que vou à casa de Carol Grace esta tarde depois da escola. Tia Margo tem mais lições para nós.
— Não fale com a boca cheia, Mary. Me ligue quando chegarem lá, ouviu? E diga a Kate que combinaremos algo para este fim de semana.
— Sim, Senhora.
— Mamãe? — disse Derek.
— Sim, bebê?
— Catherine e eu vamos à casa da Vovó novamente depois da escola?
— Sim, garotão, vocês vão.
Pam cutucou os dois pequenos, que tinham acabado de comer.
— Vamos, seus pirralhos! Vamos para fora esperar o ônibus.
Mary enfiou a última colherada de seus ovos na boca e disse:
— Ei! Esperem!
— Se cuidem! — gritou Phoebe — Amo vocês! Não fale com a boca cheia, Mary!
Phoebe percebeu então que estava conversando com uma porta fechada. As crianças já haviam saído.
Um sentimento de pavor fez cócegas no fundo de sua mente enquanto ela fritava um ovo para seu próprio café da manhã. Ela comeu em silêncio. Quando terminou, colocou o prato na pia, pegou a bolsa, suas chaves e foi trabalhar.
***
ENQUANTO ALAN DIRIGIA pela estrada a caminho da Escola Técnica Nathaniel Sardis, passou pelo que parecia ser um enorme canteiro de obras. Equipamentos de transporte de terra, escavadeiras, guindastes, caminhões basculantes e homens com capacetes de segurança estavam espalhados pelo local de vinte acres. Parecia que eles estavam cavando um buraco enorme no chão, ou já o haviam concluído. Ao passar pelo local, não conseguiu decidir se haviam ou não terminado.
Interessante. Isto é novidade. Eu passei aqui há três dias e não havia nada além de um campo. Me pergunto o que isso vai ser...
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