T. M. Bilderback - Eu Sou Seu Bicho Papão

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T. M. Bilderback - Eu Sou Seu Bicho Papão краткое содержание

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Alguém... ou alguma coisa... está assassinando pessoas no Condado de Sardis. Alguém... ou alguma coisa... está assassinando pessoas no Condado de Sardis. O Xerife Billy Napier e o Inspetor Alan Blake dão tudo de si para encontrar o assassino antes que apareçam novas vítimas do ”Maníaco de Sardis”. Qual  o maior obstáculo? Nenhuma pista foi encontrada pela equipe de perícia. Katie Montgomery Blake e Margo Sardis, sua tia, estão tentando ajudar, mas sem sucesso. Carol Grace Montgomery e Mary Smalls fizeram uma descoberta que vai amplificar a magia que há no Condado! Alguns recém-chegados a Sardis oferecem ajuda nas investigações, mas eles têm segredos a esconder. Teria o segredo relação com o pai dos filhos de Phoebe Smalls Napier? Ou é só mais magia? Descubra no quarto alucinante Conto do Condado de Sardis - Eu Sou Seu Bicho Papão - de T. M. Bilderback!

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Ele fez uma anotação mental para perguntar a Billy mais tarde. Talvez o xerife soubesse algo a respeito.

Fosse o que fosse, parecia ocupar uma enorme porção do campo que lá estivera. E, por causa das árvores ao longo da estrada, o local de trabalho era visível apenas em uma pequena área ao longo da estrada, a qual era usada como acesso de veículos ao campo.

Ao continuar seu caminho, Alan voltou a pensar nos assassinatos.

Precisamos pegar este cara. Espero que não seja um ataque pessoal a nenhum de nós desta vez. Não quero reviver a noite em que Moses Turley invadiu a casa da fazenda. Não sei qual poder as garotas possuem ou se é o poder que as possui, mas não quero me arriscar a desencadeá-lo novamente.

***

CLIFF ANDERSON ABRIA seu escritório imobiliário prontamente às oito horas da - фото 10

CLIFF ANDERSON ABRIA seu escritório imobiliário prontamente às oito horas da manhã e hoje não era exceção.

Cliff possuía e administrava a Anderson Imóveis e Leilões (A MELHOR do Condado, gritava a placa acima da porta) e comandava uma equipe de dez funcionários. Com exceção de sua secretária, nenhum outro empregado chegava antes das nove. Cliff aproveitava o tempo sozinho pela manhã e gostava de lidar pessoalmente com os clientes ansiosos que às vezes chegavam bem cedo.

Arlene Looper, secretária de Cliff, trabalhava para ele há quinze anos. Ela era muito boa em seu trabalho. Chegava um pouco antes das oito da manhã para fazer café e preparar seu dia.

Cliff ficava de olho nas pernas de Arlene. Eram belas pernas, e ele sonhava em um dia vê-las em volta de sua cintura. Ocasionalmente, ele lançava um olhar para os peitos de Arlene, apenas para se certificar de que eles se mantinham da maneira que os peitos de uma mulher linda deveriam se manter, mas as pernas em volta da cintura comandavam a maior parte de seus devaneios. Ele sonhara acordado com isso todos os dias em que Arlene trabalhou para ele. Só uma coisa o impedia de perseguir esse sonho, e não era o medo de assédio sexual ou uma acusação de comportamento inadequado no local de trabalho.

Arlene morava em Londres, a cidade mais ao sul do Condado de Sardis.

Cliff tinha um medo mortal de Londres.

Nada que ele realmente pudesse identificar. Algo naquela cidade de fim de mundo o fazia borrar as calças. Ele podia sentir a respiração acelerar quando se aproximava do pequeno município, e arrepios saltitavam em sua pele. Uma vez que ele passasse pela placa que anunciava os limites da cidade, seus pelos eriçavam e ele começava a suar profusamente, um suor nervoso e fedorento. Cliff um dia decidiu que nunca mais iria voluntariamente a Londres, por motivo nenhum. Quaisquer negócios imobiliários em Londres agora eram delegados a um de seus funcionários.

O pensamento de ir a Londres buscar Arlene para um encontro, ou levá-la para casa depois, não era um pensamento divertido na cabeça de Cliff.

Se Arlene tinha ideia da maneira como Cliff a desejava, não dava nenhum sinal.

Mas...

Às vezes, quando Cliff não estava olhando, Arlene olhava para ele. Ela abria um largo sorriso, como se estivesse se divertindo... ou olhando para uma presa.

Então um brilho amarelado parecia atravessar suas íris... um brilho amarelado quase selvagem.

Mas naquela manhã, antes que Cliff se sentasse em sua mesa para iniciar o ritual diário de observação do andar quase furtivo de Arlene, o sino sobre a porta da frente tocou e um cliente apareceu.

A cliente era uma mulher bela e de baixa estatura, com cabelos loiros e um leve toque de sardas através do dorso do nariz.

Cliff se afastou da cafeteira com um sorriso no rosto e atravessou o escritório em encontro à mulher.

— Bom dia! Meu nome é Cliff Anderson. O que posso fazer por você esta manhã?

Cliff esperava que a jovem perguntasse sobre aluguel de apartamentos, ou talvez uma casa barata que pudesse ser alugada por algumas semanas. Ele nunca a tinha visto antes e, por causa disso, achava que devia ser uma funcionária da loja multinacional.

Quando ela lhe disse o que estava procurando, a curiosidade de Cliff despertou.

— Olá. Estou procurando uma fazenda. Ela precisa ter no mínimo cem acres de pasto, uma grande casa e celeiro. Trarei, muito em breve, gado de Carson City, Nevada, e preciso de um lar para eles. Pagarei em dinheiro, se isso ajudar a acelerar o processo.

Em nome de sua credibilidade, Cliff segurou seu queixo para que não caísse até o peito.

***

— AH, ISSO É ruim — disse Alan. Ele tentava manter o café da manhã no estômago enquanto olhava a cena do crime.

Billy assentiu.

— Você já viu algo ruim assim na cidade grande?

Alan pensou por um minuto. Então, assentiu.

— Uma vez. Ajudei a limpar uma casa de fazenda usada por Esteban Fernandez. Tinha sido queimada, mas havia dois caras da DENARC mortos no porão. Eles tinham virado picadinho. Atribuímos a autoria a Fernandez, mas os federais silenciaram tudo. A cena era com certeza tão feia quanto essa.

Nada fora removido. Billy queria que Alan visse a coisa toda na vida real, não em fotos. Billy pensou que ele poderia ver algo que todos tinham deixado passar batido.

Alan respirou fundo três vezes para se acalmar e então começou a estudar minuciosamente a cena. Metodicamente, ele examinava cada detalhe antes de seguir em frente. Quando decidiu que estava pronto, colocou chinelos de papel sobre os sapatos para não contaminar nenhuma evidência microscópica. Gradualmente, foi em direção aos restos da jovem. Estudou a colocação de cada órgão. Estudou a forma de coração de namorados feita com o intestino dela. Interrompeu a caminhada, analisando cuidadosamente. Ele voltou-se para Billy.

— Não há lesões no intestino. Percebeu isso?

Billy balançou a cabeça.

— Não.

— Olha — Alan apontou para uma parte do intestino — Aqui é onde o intestino delgado foi desconectado do estômago — Então apontou para a parte do intestino que repousava ao lado da parte anterior — E esta é a parte que foi desconectada do intestino grosso.

Alan olhou para o médico legista.

— Estou certo?

O legista concordou.

— Então, não houve rasgo. Nem separação. Nem torção.

Billy ficou confuso.

— E daí?

Alan olhou para ele.

— Isso significa que quem fez isso retirou os intestinos aos poucos enquanto moldava o coração. Os intestinos não estavam emaranhados, nem rasgados ou cortados. Isso demanda muita concentração ou então muita sorte. E levou tempo. As duas metades do coração são idênticas. Não são nem um pouco desiguais. Deve ser muito complicado conseguir isso numa situação dessas.

— O que você acha do padrão dos órgãos?

Alan os estudou por algum tempo. Ele balançou a cabeça.

— Não faço idéia, Billy.

— Ok, quem diabos decidiu não me chamar para um maldito caso de assassinato? — bradou da porta uma voz.

Billy e Alan se viraram para ver o recém-chegado.

Era Godfrey Malcolm, o delegado da Polícia Municipal de Perry.

Billy estendeu a mão.

— Pare, seu idiota! Se for entrar aqui, coloque os calçados de papel!

— Por que diabos? — berrou Malcolm.

— Para você não contaminar a cena do crime! Como conseguiu esse emprego, afinal? Chupou alguns membros da Câmara?

Malcolm fuzilou o xerife com o olhar, mas sem dizer nada. Seus olhos estavam injetados e seu nariz estava vermelho vivo por causa da bebedeira contínua.

Finalmente, Malcolm apoiou-se bêbado na moldura da porta, mal conseguindo se equilibrar enquanto colocava um par de chinelos de papel e entrava na sala.

Quando o delegado de polícia viu o que havia sido feito, vomitou por todo o chão.

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Capítulo 3

— Você acha que isso finalmente fará com que a Câmara Municipal de Perry o demita? — perguntou Alan, sentado no escritório de Billy.

— Com certeza espero que sim!

Quando Malcolm vomitou na cena do crime, Billy prendeu o delegado de polícia por embriaguez pública. Ele havia submetido o policial a todo o processo de prisão, incluindo inspeção de orifícios... para o caso de Malcolm ter algum contrabando, é claro.

Malcolm, por sua vez, percebeu que havia estragado uma cena de assassinato e estava arrependido... até a inspeção de orifícios começar.

— Ninguém vai enfiar nada na minha bunda! — rugiu Malcolm.

Vários policiais contiveram o delegado de polícia, e o carcereiro conduziu o exame conforme as instruções e com bruto entusiasmo.

O xerife então ordenou que Malcolm fosse colocado em uma cela particular.

Billy disse a ele:

— Fique contente por eu colocar você em uma cela particular, e não na ala geral! Agora cale a boca e deite na cama!

Godfrey Malcolm, manso e submisso, sentou-se na cama da cela.

— Quanto tempo você planeja deixá-lo lá, Billy?

Alan sorria.

— Dez anos!

Billy estava com raiva.

Alan riu alto.

Billy olhou para o velho amigo e começou a rir também.

— Ah, merda, provavelmente apenas vinte e quatro horas. Mas eu prestarei queixa. O nível de álcool no sangue era de zero ponto doze, e isso é considerado estar bêbado em qualquer estado.

***

KATIE QUERO QUE VOCÊ e eu tentemos entrar em contato com algumas outras - фото 14

— KATIE, QUERO QUE VOCÊ e eu tentemos entrar em contato com algumas... outras inteligências. Precisamos descobrir se esse assassino é sobrenatural ou humano.

Margo Sardis estava sentada à mesa da cozinha de Kate. Sua bengala com detalhes em prata estava plantada firmemente entre as pernas amplas, suas mãos enrugadas descansavam sobre o pegador. Katie mexia no forno, colocando para assar um bolo de morango. Ela olhou para a tia.

Margo Sardis era tia-bisavó de Katie Ballantine Blake. A irmã de Margo tinha sido bisavó de Katie, o que fazia de Katie uma Sardis... e uma bruxa, assim como a filha de Katie, Carol Grace. Katie havia descoberto recentemente esse fato, e Margo ficou encantada por finalmente compartilhar seu conhecimento com membros da família, que colocariam a magia em bom uso.

— Bruxas não são boas nem más — Margo disse uma vez — Eu tenho um certo relacionamento com Deus, e com seu inimigo também. Sou simplesmente... uma bruxa. Nem mais, nem menos. Katie, as bruxas são definidas por suas personalidades... assim como todo mundo.

Quando disse que precisava entrar em contato com outras "inteligências", Katie não tinha certeza se Margo se referia a boas inteligências... ou más.

— Que outras inteligências, Tia?

A boca de Margo se tornou uma linha sombria.

— Ambas.

Katie virou-se para Margo.

— Tem certeza?

Margo assentiu.

— E talvez precisemos... questioná-los.

Katie parecia alarmada.

— Tem certeza de que deveríamos?

— Somente se for necessário. Não quero acordar essa coisa em particular sem necessidade. Mas continua sendo uma possibilidade, Katie.

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